Estiagem e pandemia foram principais entraves do desenvolvimento em 2020

Presidente da Amplasc, Lucimar Salmória, participa de Live e fala sobre cenário regional frente as crises.

O ano de 2020 parecia ser muito promissor e foi esperado com muita expectativa. Porém, muitas coisas deram errado no caminho e a população mundial foi surpreendida com uma pandemia que tem gerado estragos e ainda deve render. A região do Planalto Sul do estado, que incluem os municípios de Abdon Batista, Brunópolis, Campos Novos, Celso Ramos, Monte Carlo, Vargem e Zortea, se viu impactada não apenas pela pandemia, mas também por uma seca que se instalou desde janeiro. A Associação dos Municípios do Planalto Sul (Amplasc), que em fevereiro estabeleceu estratégias de desenvolvimento, precisou repensar e adiar ações para dar o e necessário neste momento de crise. O atual presidente da associação, o prefeito de Abdon Batista, Lucimar Salmória, participou de uma Live promovida pelo jornal O Celeiro e comentou sobre os impactos, o futuro e destacou os pontos fortes da região e a necessidade de superação diante da recessão que se apresenta.

Wilhiam Peretti, Diretor do jornal ‘O Celeiro’, entrevistou o prefeito de Abdon Batista e Presidente da Amplasc Lucimar Salmória

Com foco na união dos municípios associados, Lucimar defendeu as ações coletivas que possibilitem o desenvolvimento municipal e, consequentemente o crescimento regional. Para tanto as associações municipais surgem como meio de atuar em prol de todos os envolvidos. “A Amplasc é uma associação de municípios que defende os interesses coletivos de seus associados. Os sete municípios interagem entre si e buscam resolver de maneira coletiva os problemas que são possíveis de resolver. Cada município tem sua particularidade e deve ser tratado de maneira individual. Temos uma equipe técnica importante que faz com que tenhamos uma racionalização de esforços”, explicou Lucimar. Para que haja uma interação entre os municípios, os prefeitos reúnem-se mensalmente para discutir questões de interesse coletivo. “Temos prefeitos abnegados que se dedicam pelas causas de seu município e pela causa da região. É um trabalho unificado e comprometido de todos”, afirmou Lucimar.

Confira os principais tópicos levantados na Live apresentada no dia 10 de junho.

Reflexos da Crise

“Houve a desaceleração da atividade e do crescimento econômico da região. Estávamos iniciando um ano muito promissor que apontava patamares significativos para o crescimento da região e dos municípios, mas a partir de março essas perspectivas foram diminuindo de tal modo que hoje estamos sentindo uma possível recessão. A população está empobrecendo e tendo dificuldades, os órgãos públicos estão tentando criar políticas públicas de socorro. Temos que nos reinventar enquanto gestor, enquanto empresário, enquanto cidadão, o futuro não será o mesmo. Todos vamos melhorar como pessoas e profissionais. A estiagem intensifica os prejuízos de ordem financeira e psicológica que as pessoas estavam ando”.

O que foi mais prejudicial: Pandemia ou Estiagem?

“Depende do ponto de vista. Ambas tiveram prejuízos e impactos que são difíceis de mensurar. A estiagem causa no primeiro momento um impacto forte no financeiro, desacelera a economia dos municípios da região, descapitaliza o empresário, o agricultor, o pecuarista. A pandemia levou todo mundo ao isolamento e elas não puderam produzir, não puderam trabalhar, não giraram seu ganha pão.

Mas o grande prejuízo, que fica no anonimato, é o prejuízo psicológico e humano. As pessoas se preparam, criam perspectivas, vislumbram um futuro, e se frustram quando tudo isso não se materializa por conta de fatores alheios a sua vontade. A pandemia e estiagem comprometeu o sonho de muitas pessoas”.

Estratégias de Desenvolvimento

“Hoje temos que repensar e aprimorar as estratégias. O que era planejado antes de uma crise não se aplica no futuro pós pandemia. Precisamos retomar o diálogo assim que as condições foram favoráveis, e a partir de onde paramos ver o que é possível ser feito e o que temos de aprimorar e como nos adequar a nova situação que se apresenta”.

Pontos Fortes e Fracos na Região

“A região é caracterizada a nível estadual como sendo o celeiro catarinense, temos como ponto forte a produção de grão. Mas também outro setor que cresce e está se estabilizando é o setor da agroindústria. O agronegócio é uma potência na nossa região que é um mantenedor do estado e do Brasil. Temos uma unidade da BRF que absorve e irradia desenvolvimento para os municípios da região. O turismo é outra vertente interessante que está sendo trabalhado nos municípios. Outro setor muito forte é a fruticultura. Temos a retomado da Usina São Roque em Vargem. Vejo como negativo o fato de não estarmos planejando este desenvolvimento de maneira regionalizada. É preciso que os municípios se conversem e se unam e façam com que as possibilidades e as potencialidades individualizadas somem-se a nível regional. Realizamos os planos municipais de turismo da região da Amplasc, e até agora ainda não devidamente implementado e há essa necessidade. Temos campo, possibilidades e material para aprimorar os espaços”.

Responsáveis pelo Desenvolvimento

“Nenhum desenvolvimento ocorre sem a participação da sociedade. O Poder Público é o articulador do desenvolvimento a partir do momento que ele fomenta e cria políticas públicas voltadas as atividades, mas ele não executa e operacionaliza o desenvolvimento na essência. Existe uma gama de pessoas, de empresários, de investidores que executam o desenvolvimento”.

*Reportagem publicada na edição 1631 de 18 de Junho de 2020.

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