ACADAV aborda Saúde Ocular

Campanha Abril Marrom aborda assunto e questões de saúde da visão.

Na quarta-feira, 23 de abril, foi realizada no Auditório da Unoesc – Campus Campos Novos a palestra “Olhar para o Futuro”, organizada pela ACADAV (Associação Camponovense de Apoio ao Deficiente Auditivo e Visual). A atividade integrou a programação da campanha Abril Marrom, voltada à conscientização sobre as doenças que podem causar cegueira.

O evento foi aberto ao público e contou com a participação do oftalmologista Dr. Ricardo Alexandre Stock, que trouxe informações sobre prevenção e cuidados com a visão.

O Jornal O Celeiro conversou com Neusa de Fátima Pereira dos Santos, aluna e sócia fundadora da ACADAV, e com Alesson Gomes, psicólogo da associação. Os dois falaram sobre o evento, a campanha e os temas que envolvem o dia a dia de quem convive com a deficiência visual.

Durante a entrevista, Alesson explicou que a campanha Abril Marrom existe desde 2016 e tem como foco principal a prevenção de doenças oculares. Segundo ele, a ACADAV tem participado da campanha há alguns anos, mas essa foi a primeira vez que a associação realizou um evento em parceria com o CMDCA, com captação de recursos por meio de projeto aprovado pelo conselho.

“O objetivo da palestra é destacar as campanhas relacionadas ao Abril Marrom. Muitas vezes, casos de cegueira podem ser evitados se identificados precocemente, antes que os sinais se agravem. Durante o evento, buscamos conscientizar as pessoas sobre a importância de procurar tratamento ao notar qualquer alteração na visão. Abril é o mês do Braille, e a cor marrom foi escolhida por ser a mais comum nos olhos da população. Isso conecta a campanha com elementos que fazem parte da realidade de muitas pessoas”.

GLAUCOMA: CUIDADOS E SINAIS

Entre os temas abordados na palestra, o glaucoma teve destaque. Alesson chamou atenção para o fato de que a doença pode ser controlada, mas que é preciso buscar diagnóstico e tratamento logo nos primeiros sinais.

“O glaucoma pode ser congênito ou aparecer na vida adulta. A perda de visão que ele causa é gradual. Quando a pessoa busca ajuda tarde demais, pode já ter perdido parte da visão. E essa perda, infelizmente, não é reversível”.

Neusa também falou sobre a importância de perceber os sinais no início e buscar atendimento. Segundo ela, muitos casos de cegueira poderiam ser evitados com um cuidado mais imediato.

“No Brasil, pesquisas indicam que muitos casos poderiam ser evitados se as pessoas buscassem atendimento médico logo nos primeiros sinais. Por isso, é essencial que todos estejam atentos à saúde dos seus olhos”, comentou.

Além da saúde ocular, outro ponto trazido durante a conversa foi o papel do acolhimento familiar e da convivência social para quem tem deficiência visual. Tanto Alesson quanto Neusa destacaram que o apoio da família e o envolvimento em atividades diárias fazem diferença.

“A aceitação é um ponto importante. Muitas vezes, a própria pessoa ou a família encontra dificuldade para lidar com a deficiência. Quando isso acontece, pode haver insegurança, baixa autoestima e até isolamento. O acolhimento é um o importante para enfrentar os desafios”, disse Alesson.

“É fundamental que a família incentive e que as pessoas com deficiência visual participem das atividades. Isso ajuda a evitar que fiquem reclusas, como acontecia muito no ado.

A convivência mostra que há habilidades e capacidades, independentemente da deficiência” comentou, Neusa.

Outro tema abordado foi a convivência entre pessoas com e sem deficiência, o contato pode ajudar a diminuir o desconhecimento e abrir espaço para mais compreensão.

“Muitas vezes, a dificuldade de ajudar vem da falta de convívio. Se alguém não souber como ajudar, pode perguntar. Com certeza a pessoa com deficiência vai saber explicar como prefere ser apoiada”, disse Alesson.

“É importante que a sociedade veja a pessoa antes da deficiência. O cego pode ser invisível para alguns, mas ele tem qualidades e histórias. Participar dos espaços sociais é uma forma de mostrar isso e também de aprender com o outro” destacou, Neusa.

Durante a conversa, Alesson compartilhou uma frase que costuma levar consigo:

“Nenhum obstáculo é grande demais quando a vontade de superá-lo é maior.”
Para ele, essa ideia ajuda a lembrar que, mesmo diante de dificuldades, sempre há caminhos possíveis.

Neusa também deixou uma reflexão:

“A gente precisa sair mais, buscar mais oportunidades. Não somos coitadinhos, somos pessoas com nossas próprias histórias e capacidades. É importante refletir sobre isso.”

A palestra “Olhar para o Futuro” reuniu temas sobre prevenção, saúde e convivência. A proposta foi informar, abrir diálogo e trazer mais visibilidade às questões ligadas à deficiência visual, dentro do contexto do Abril Marrom.

A campanha segue com o foco em estimular cuidados simples que podem fazer diferença. E reforça que estar atento aos sinais pode ser um o importante.

*Reportagem publicada no Jornal O Celeiro, Edição 1875 de 24 de abril de 2025.

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