A legislação que fundamenta a inclusão da pessoa com deficiência na escola e na empresa vigora desde o final dos anos 1980. Devido à obrigatoriedade, pessoas com deficiência têm sido matriculadas nas escolas e contratadas por empresas, após um forte trabalho de conscientização.
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimento de médio ou longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o que, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Porém, quando se fala no direito à educação, a ter direito de uma vaga na escola regular é necessário ainda ser por meio da ameaça de sanção, restrição de liberdade e multa, para que de fato se tenha a garantia do seu cumprimento obrigatório, deixando de estar à mercê da simples adesão das escolas.
É muito triste saber que ainda temos situações em que pessoas com deficiências sofrem preconceitos, quando os seus pais não sabem se vão ter direito a uma vaga na escola. Ou mesmo por saber de situações que mães nos relatam de professores que tratam com indiferença seus filhos que são tão especiais de fato.
Essa luta é constante e temos que aderir a luta pelo direito de todos. A palavra Inclusão é muito bonita no papel, mas quando chega na hora de executar, todos conseguem? Todos olham as pessoas portadoras de deficiências com o verdadeiro amor, ou com olhar de julgamento, pensando: “O que estão fazendo aqui?” Pois, o que achamos estranho, o diferente, o inesperado sempre chama atenção e causa nas pessoas reações como curiosidade, espanto, surpresa, e até mesmo, medo.
Já obtivemos muitas conquistas, porém, ainda existe a dificuldade em transformar o discurso sobre a integração em uma prática permanente em diversos aspectos. Ainda existe a necessidade de mais profissionais de fato preparados, para atuar com esses alunos.
Parabenizo todo o trabalho realizado pela APAE, AMA e ACADAV. Entidades que são referências e que trabalham com um processo real de integração e valorização pessoal. E com um detalhe muito importante que faz toda a diferença: Trabalham com AMOR.
Vamos analisar a nossa postura, e verificar o que podemos fazer para contribuir? Pense nisso!
Por: Anne Arithuza Alves
*Editorial publicado no Jornal O Celeiro, Edição 1808 de 07 de dezembro de 2023.