Encontro visa ajudar quem pretende prestar vestibular e fazer o ENEM, deixando mais fácil o entendimento das obras cobradas.
Foi realizado na tarde desta quarta-feira, 02, a primeira edição do Café Literário na Fundação Cultural de Campos Novos, que aborda duas obras cobradas no vestibular 2018: Olhos D’água de Conceição Evaristo e Lucíola de José de Alencar.
O Café Literário é um projeto da Biblioteca Municipal e Fundação Cultural que tem como objetivo analisar as obras literárias cobradas nos vestibulares das Universidades UDESC, UFSC e Acafe 2018, voltado para estudantes do Ensino Médio, que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e as demais pessoas que pretendem prestar vestibular em 2018.
Roscely Scheffer Silva, Coordenadora de Projetos da Biblioteca Pública uma das idealizadoras do Café Literário, afirma que até outubro terão encontros como o que está sendo realizado hoje, tratando das 10 obras que serão cobradas em vestibulares, duas em cada edição.
As obras são analisadas pela professora de Língua Portuguesa e Literatura, Marilene Goebel que é especialista em análise de obras literárias, bem renomada, com prêmios na área. E rea para os interessados de forma mais clara, lúdica, interpretando os personagens e estimulando o ouvinte a querer ler o livro na íntegra.
Quando questionada sobre projeto Café Literário, Marilene afirma estar encantada com o projeto, por ser uma iniciativa de poder público para jovens. “Uma coisa inédita em nível de estado, não conheço nenhum município de Santa Catarina que tivesse feito um projeto semelhante, de incentivar os jovens a lerem e se aprofundar nos livros do vestibular”. No ponto de vista da palestrante, o maior problema dos adolescentes hoje, são as redes sociais, que por vezes se mostram muito mais cômodas para alguns, que ler um livro.
Convidada por Roscely e pela Superintendente da Fundação Cultural, Marli Becker, Marilene veio realmente motivada a incentivar a leitura, fazendo com que os jovens que estão participando do projeto, entendam a importância de ler os livros solicitados no vestibular, pois desta forma am também a conhecer um pouco mais da literatura brasileira.
A leitura leva um jovem mais culto para dentro da universidade, que sabe interpretar, sabe se identificar como identidade cultural. O projeto proporciona justamente isso, a linha cultural da literatura.
A professora afirma que assim como filmes internacionais, o público alvo da palestra se interessa mais por livros de autores estrangeiros que nacionais, justamente por não conhecerem o que estão perdendo. “E é uma pena, pois os livros elencados para o vestibular tem todo um contexto cultural, uma interpretação diferente. Coisa que muitos Best Sellers os quais adoram ler não tem”, afirmou. A especialista citou como exemplo, o livro Cinquenta Tons de Cinza, que conta a história de dois jovens, em que a mulher assina um contrato, afirmando que irá satisfazer todas as vontades sexuais do homem.
Quando questionada sobre os resumos de livros que alguns alunos recorrem para não fazer a leitura integral, a professora não considera uma ferramenta ruim, porém, reafirma o que já vem no vestibular como dica, o ideal é ler a obra literária integralmente. “Somente a leitura irá trazer a grandiosidade do livro, o resumo é apenas um paliativo, fica por conta e risco do aluno deixar para a última hora e recorrer a esse meio”, concluiu Marilene.
