Soja cai em Chicago
O mercado da soja iniciou o pregão eletrônico em alta trabalhando com ganhos leves e retomando, na posição novembro, o patamar de $10,00 por bushel. Porém, no intervalo entre o pregão noturno e o diurno, o USDA divulgou as vendas semanais norte-americana, que vieram com volume na ponta inferior à expectativa do mercado, fato que começou a desenhar o quadro baixista do dia.
Assim que o mercado brasileiro abriu e o Dólar iniciou o novo avanço sobre o Real, os ganhos na CBOT se evaporaram, pois com a desvalorização cambial o preço em reais ficou maior, movimentando o mercado físico brasileiro.
Daí em diante, com a confirmação da perda do patamar de $10,00 por bushel os especuladores aproveitaram para liquidar posições. Para completar o quadro baixista, o índice internacional de commodities, da qual a soja faz parte perdeu 1,10%, atingindo o menor patamar desde Fevereiro de 2009, no auge da crise do subprime.
Dessa forma, a soja encerrou o pregão com queda de 10,75 centavos de dólar no primeiro vencimento (agosto) e de 15,00 centavos de dólar para a posição novembro.
EUA exportações – O USDA informou que as exportações líquidas norte-americanas de soja, safra 2014/15, da semana encerrada em 16 de julho/15, totalizaram 80,80 mil toneladas, contra 45,50 mil toneladas exportadas na semana anterior.
Já da safra 2015/16, as exportações somaram 241,80 mil toneladas, contra 507,00 mil toneladas exportadas na semana ada. O total exportado ficou na ponta inferior às expectativas do mercado.
Mercado interno – Apesar do mercado em Chicago ter encerrado o pregão no campo negativo, a forte desvalorização do real frente ao dólar, garantiu a sustentação do mercado, tanto no spot quanto nos futuros.
Milho também em baixa
As cotações do milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago fecharam mistas na quinta feira, 23. Apesar de operar no campo positivo durante a primeira parte do pregão, o mercado acabou sendo pressionado baseado nas boas condições climáticas sobre as áreas produtora dos EUA e pelo fraco desempenho das exportações norte-americanas, da semana encerrada em 16 de julho.
A posição setembro encerrou o pregão cotada a US$ 4,0325 por bushel, alta de 0,50 centavo de dólar e a posição dezembro, cotada a US$ 4,1375 por bushel, alta de 0,25 centavo de dólar em relação ao fechamento anterior.
EUA exportações – Segundo o USDA as exportações norte-americana de milho, safra 2014/15, da semana encerrada em 16 de julho, somaram 223,40 mil toneladas, contra 331,10 mil toneladas exportadas na semana anterior.
Figurou como principal comprador, a Colômbia a qual adquiriu 110,00 mil toneladas. Já da safra 2015/16, as exportações ficaram em 311,40 mil toneladas, contra 325,10 mil toneladas exportadas na semana anterior.
Dólar a quase R$ 3,30
O dólar avançou mais de 2 por cento e encostou em 3,30 reais nesta quinta-feira, maior patamar em quatro meses, após o corte nas metas fiscais do governo alimentar temores de que o Brasil pode vir a perder seu valioso grau de investimento.
O dólar avançou 2,17 por cento, a 3,2958 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 19 de março, quando a divisa ficou em 3,2965 reais. Com isso, a moeda norte-americana voltou a se aproximar das máximas em doze anos atingidas pela última vez em março.
Fonte: Granoeste Corretora de Cereais e Sementes – VS Comunicação