Os servidores do Cartório Eleitoral da Sétima Zona aderiram nesta terça-feira, 28, à greve em protesto ao veto da presidente Dilma Rousseff (PT) ao PLC 28/20015. A greve foi deflagrada na segunda-feira, 27 em Santa Catarina. Na Sétima Zona são dois servidores efetivos em greve. O Cartório também conta com um funcionário cedido pelo município e uma estagiária.
O Projeto de Lei Complementar concedia reajuste salarial de 53% aos servidores efetivos e de 78,56% aos auxiliares istrativos do judiciário, de forma escalonada até 2017, sem aumento para os magistrados. O argumento do governo para o veto, foi a estimativa de um impacto de cerca de R$ 25,7 bilhões nos cofres públicos que o aumento causaria.
A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal- Fenajufe, contesta o número, diz que o impacto é de R$ 10 bilhões e que o aumento é necessário para recompor a inflação de 49%, acumulada desde 2004.
A paralisação é por tempo indeterminado e a categoria quer reverter a situação junto aos senadores e deputados para derrubada do veto, que será analisado pelas duas casas em sessão conjunta.
Em Campos Novos, o chefe do Cartório Eleitoral da Sétima Zona, Arthur Otto Niebhur, informou sobre a adesão e situação dos serviços com a paralisação. Ele explica que por determinação do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, tem que ser mantidos os serviços essenciais aos eleitores como a confecção de títulos e a emissão de certidões de quitação e demais certidões. Esse atendimento é feito pelo servidor cedido e pela estagiária. Com a paralisação dos dois servidores efetivos paralisam os serviços prestados a partidos políticos, movimentação de processos e lançamento de dados nos sistemas eleitorais.